João Urban sem favor nenhum é um dos melhores fotógrafos que eu conheço. E tive o privilégio de trabalhar. Fizemos uma ocasião um trabalho grande para um Resort em Canela, RS, um condomínio de alto padrão, com produção de casting, figurino, tudo a que tinha direito. Foi quando nos conhecemos melhor, e estreitamos nossa amizade. Aos poucos, atrás daquele fotógrafo tímido e quase monossilábico, foi se revelando um grande sujeito.
Acho que por conta desta sua timidez, João escolheu escrever livros com imagens. Já escreveu mais de seis, o mais recente no começo do ano, sobre a Serra do Mar e seus habitantes: Mar e Mata – A serra, a floresta e a baía. Seus homens e suas mulheres. Edições Água Forte, Curitiba 2009.
Urban tem residência em Curitiba, mas seus trabalhos já correram o mundo. Polônia, França, Cuba e Alemanha já conheceram a força de suas imagens.
Vale a pena conhecer mais deste artista da imagem no seu bem montado site. http://www.joaourban.com.br
Trecho de entrevista com o fotógrafo João Urban por Elza Oliveira Filha e Humberto Michaltchuk em 02/06/2005
“Quando eu comecei a fotografar os bóias-frias, do momento que eu comecei a me dedicar à fotografia documentária passaram-se seis anos mais ou menos e eu já tinha um exercício grande de aproximação, de relação de troca com as pessoas. Tinha mudado muito minha fotografia, ela passou a ter uma característica de enfrentamento. Passou a ser uma fotografia quase retrato. Uma fotografia de olho no olho, ostensiva. Deixou de ser essa fotografia instantâneo sutil e passou a ser uma fotografia que envolvia sempre uma troca com a pessoa fotografada. Mesmo quando a pessoa não estava olhando pra câmara, ela sabia que eu estava fotografando, ou eu estava dentro da casa dela, assim.”
Um comentário:
Eu tive o privilégio de fazer legendas para fotos numa exposição do Urban lá por mil novecentos e século passado. Dá-lhe, Urban! O mais rural dos fotógrafos.
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