
Acho que foi de tanto apanhar pra desenhar letras nas primeiras agências em que trabalhei, que acabei me apaixonando por tipografia. Um amor que foi só aumentando. Cheguei a desenhar famílias inteiras de fontes para os concursos que a Letraset promovia. Até que conheci as inscrições romanas através de uma revista alemã, Novum Gebraushgraphic, na Biblioteca Pública de Curitiba.
Que limpeza e elegância de tipos, como eles podiam fazer na pedra, séculos atrás, aquilo que eu não conseguia fazer com lápis e papel? Copiei centenas de vezes estas inscrições até incorporar cada detalhe de cada letra. Quis o destino que eu fosse morar um dia em Roma. Passear pelos seus becos e encontrar inscrições era um dos meus maiores prazeres. Fiquei obcecado com a idéia de encontrar um jeito de "extrair" aquelas formas da pedra para algum outro suporte, mas não sabia como. Desta curiosidade nasceu o embrião de uma idéia que realizou um dos meus maiores sonhos.
5 comentários:
Eu também, Swain, caramba, como apanhei das letras 7, e pior, arrumar
letras, cantinhos redondos...Hoje adoro trabalhar com letras.
Beijos
A gente apanhou tanto anos pra aprender a desenhar letra, daí vem o illustrator e resolve tudo... não é justo...
Hahaha, mas isso de letra não é pra ilustrador, eu como te disse, me bati um montão...;-)
Iara
Que inveja que eu sentia daquele japa que desenhava letra como quem tirava doce de criança...
Ah, na Exclam tinha o Fumil, ( acho que era esse o nome), cara ele desenhava as letras com um pé nas costas, quanto mais curvas e dificuldades, melhor, esse amor pelo detalhe ninguém tira deles...;-)
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